Uma estrofe por vez.
Simétricas ou não, seguindo o curso dos próprios acontecimentos.
Sem retoques.
Quero mesmo é ver o poema todo,
admirar o cuidado das palavras,
vê-lo fazer-se bonito,
encher-se de sentido.
Quero observar as interrogações nas testas,
o silencio de outros tantos,
a compreensão de poucos.
Quero ver as palavras se criarem livres,
voar nessas assas guiadas pelo vento da imaginação.
Quero papel sem fim,
tinta que não se esgota,
alma sedenta,
um poema por dia,
fonte que não se acaba.
Quero mãos ávidas,
relógio por companhia.
Quero papel marcado sobre a mesa,
o dia morrendo para mim,
e o poema nascendo para todos.
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