sábado, 14 de abril de 2012

Para falar a verdade

Falando sério, eu não sei como é que essa vida acontece, como esse vinho pode entorpecer meu corpo sem causar qualquer mero efeito na alma.
Não dá para saber como se vive com esse grito no ouvido, que só a unicidade faz ouvir. Como é que se leva a vida na brisa, quando ela pede vendaval.
Como é que não se chora quando o coração nega, mas a lagrima só existe para dizer que a vida foi triste. Como é que se recomeça quando o desencontro se apercebe no desencontro, e no outro desencontro.
Como é que eu minto? Se nem mesmo posso cogitar que minhas mentiras sejam verdade?
Como é que se faz isso?
Como é que se restringe quando tudo explode?
Eu não sei como se pára, como se faz, ou o que eu to fazendo aqui além de esperar pelo fato.
Vai não precisa acompanhar meu passo, que é lento, que é torto, que só sabe caminhar assim.
Vai e tenta fazer diferente, tenta não doer.
Tenta ....
Tenta....
Tenta....
Terás o meu aplauso quando conseguir. Tantos conseguem.
Eu? Temo. Compadeço. Invejo.
Eu sigo.
Eu continuo.
Eu permaneço.
Eu fico nesses versos, não importa para onde eu vá, porque, sou poeta, porque sou esse grifar.
Se ele sumir é porque não sou. Porque apenas fui.
Não sinta. Não lamente, cruz é apenas um pedaço do caminho.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um Poema para Priscila

Na rosa dos ventos,
nessa rosa plantada no chão da vida,
as direções são tantas,tantos são os caminhos,
que agente simplesmente vai...

Às vezes agente precisa ir,
e perceber que agente sabe voltar.
Que temos para onde voltar.

Nessas indas e vindas,
encontros são sinais de alento.
E agente acha que finalmente achou a direção.
Esquece que a vida não tem mapa.

Nesse caminho agente encontra tesouros assim, às cegas.
Fico feliz por ter te encontrado!
Por poder coexistir.
Por ter podido escrever esses versos para você.

Eu sei que a vida não pára.
Que ela gira enquanto rotaciono.
Que é raro alguém, que estando de fora compreenda.

Alguém que não fique tonta com essa quadrilha,
que se não entende,
 resigna,
 se apieda.

Porque nessa vida amiga,
estou sempre indo e voltando,
e nas voltas que essa vida dá,
tens sempre um abraço guardado e um encontro de volta marcado.