Todo dia escrevo um trecho novo dessa minha história.
Vida a fora vou gastando meu nanquim.
Narração que se constrói na medida em que o autor se perde.
Palavras mortas abrindo portas à ressurreição.
Versos grafados e assinados pela impressão do próprio ser,
que acaba sendo um pouco menos quando a historia acontece.
As horas perpassando os dias.
Os dias os anos.
Os anos a vida inteira.
Cada traço de tinta é menos do que já fora,
e mais de tudo quanto jamais se perderá.
É o legado que se construiu.
Letras, contornos, pontos e rabiscos.
O único tesouro escondido,
num papel roto qualquer.