Não brilha mais como antes.
A pedra de brilho raro agora não refrata mais as cores vivas de outrora
Não edifica mais nada, também quase não fere.
A coisa deu lugar a substancia, matéria morta.
Ninguém vence o inevitável.
É Necessário juntar os restos, tantas quantas forem necessárias as vezes em que tudo se partir.
Todo cristal não tem outro fim senão partir-se um dia
Fosse feito metal, nem mesmo o fogo o faria perecer
O ferro talhado no fogo mais forte se torna.
Nascera cristal, fadado a fragilidade, a partir-se.
Lá está ela a pedra, lá está ele o tropeço, e os pedaços estão por toda a parte.
Pequenos, ninguém os vê até que se fira e a dor do outro passe a ser sua própria dor.