sábado, 18 de junho de 2011





Hoje eu estou estranhamente bem. E antes que me pergunte, não, nada mudou, está tudo nos mesmíssimos lugares, cada pedaço de desarranjo, cada quina incômoda, cada parte de sentimentos, tudo assim, meio desarrumado como sempre fôra.
 Hoje eu simplesmente optei por ficar aqui, quieta, na segurança de quem eu sou, a preferir a incerteza de quem eu posso ou quero ser. Hoje preferi uma xícara quentinha de café, alguns biscoitos caseiros, à um belo fast food.
Eu finalmente resolvi ouvir novamente aquela música, que até outro dia me fazia chorar. Hoje eu canto, e deixo os pedaços de palavras e sons fazerem desse dia um dia melhor, ao menos até a parte que isso dependa de mim.
Hoje me dei conta de que há grandes chances de nunca conseguir cumprir as promessas que tenho me feito por anos a fio, mas que preciso fazê-las, porque a vida é um dom precioso demais para que não façamos planos, para não sonhar em ser feliz, ou pior, ignorar que talvez isso seja realmente possível.
Sei tão bem que nem sempre sou assim, embora busque transparecer isso a todos.
Já falei tanto de dias de chuva, que quero falar um pouco desse pôr-do-sol, que me faz lembrar que o dia brilhou.
O tempo está passando rápido no contrasenso de todas as minhas idéias, e eu só quero colocar algumas horas na minha agenda para lembrar que viver faz parte do processo e é preciso tirar também um tempo para isso.
Eu não sei quanto tempo dura, quantos minutos ainda restam até que um furacão entre pela janela e deixe as coisas ainda mais fora do lugar, mas de todas as coisas que eu digo qual delas eu realmente sei? Acho até que é melhor assim, ou não.
Quero mesmo é pular e confiar nas asas que tenho. Apenas hoje.
Porque  do amanhã eu realmente não sei.

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